Sem dúvidas, as chamadas soft skills já são uma das maiores preocupações na hora de contratar.
Recentemente, o relatório do World Economic Forum trouxe uma atualização das dez competências fundamentais para que os profissionais, das mais diversas áreas de atuação, possam se desenvolver e prosperar nos próximos anos. E, acredite ou não, todas elas são soft skills, que surgem como uma resposta rápida para adequação dos tempos baseados em tecnologia e digitalização.
Em situações onde tarefas rotineiras e repetitivas não só poderão, como, definitivamente, serão automatizadas, o diferencial fica por conta das habilidades humanas, que sempre serão intransferíveis.
Abaixo, deixo um breve resumo sobre cada uma delas.
1. Pensamento analítico:
Como resolver um grande problema? Talvez, decompondo-o em pequenas frações. O pensamento analítico, envolve a capacidade de usar a lógica, a razão e o pensamento crítico para compreender questões complexas e, então, tomar decisões mais assertivas e informadas.
2. Pensamento criativo:
O futuro pede e preza pela originalidade. Só está apto para entrar no jogo e competir quem fugir do clichê. E é aí que entra o pensamento criativo, a capacidade de explorar novas perspectivas, para ir além das ideias lineares e buscar alternativas que transcendem o óbvio.
3. Resiliência, flexibilidade, agilidade:
Nos últimos dez anos, presenciamos mudanças e inovações até então, inimagináveis. No futuro, elas serão ainda mais velozes e impressionantes. Será preciso lidar com as adversidades, superar obstáculos e falhas com o modo turbo ativado. Flexibilidade, resiliência e agilidade são as chaves para pisar no acelerador.
4. Motivação e autoconhecimento:
Para impulsionar o próprio desempenho, é necessário ter combustíveis que surgem de dentro para fora. A motivação e o autoconhecimento são habilidades fundamentais para definição de metas claras, desenvolvimento da proatividade e busca pelo aprendizado e crescimento contínuo.
5. Curiosidade e aprendizagem:
Mutável e líquido, o futuro reserva prosperidade somente aos profissionais com sede de aprendizado. Em tempos de experimentos, tentativas, erros e acertos é preciso desenvolver boas doses de coragem e curiosidade para questionar, desafiar suposições, buscar conhecimento constante e absorver ideias vindas das mais variadas fontes.
6. Repertório tecnológico:
Mais do que para ficar, as tecnologias chegaram para se multiplicar. Os profissionais precisam estudar, compreender e se adaptar às ferramentas digitais, desenvolvendo e aprimorando o estoque tecnológico para entender como aplicar cada dose inovação.
7. Confiabilidade e atenção aos detalhes:
Considerando que o os profissionais do do futuro terão que concorrer com pessoas para alcançar seus cargos e com máquinas para mantê-los, competências como precisão, consistência e atenção aos detalhes são cruciais para garantir entregas de qualidade, dentro dos prazos estabelecidos.
8. Empatia e escuta ativa:
Para lidar com pessoas é necessário saber se colocar no lugar delas e compreender as suas expectativas, mesmo sem compartilhar com elas. A sensibilidade, bem como a empatia e a escuta-ativa atuam como um ponto de partida para o estabelecimento de uma comunicação clara e respeitosa.
9. Liderança e influência social:
No universo digital, qualquer pessoa pode ser líder. Seja de uma comunidade, de um tema ou de uma causa. Mas, para isso, é preciso desenvolver a habilidade de tomar decisões, estabelecer comunicação clara, motivar e capacitar outras pessoas, sempre visando o coletivo.
10. Controle de qualidade:
Por fim, a última competência diz respeito à capacidade de realizar verificações precisas e constantes, para identificar problemas ou erros, adotar ações corretivas e assegurar que os produtos, serviços e soluções oferecidas estejam em total acordo com os critérios de qualidade previamente estabelecidos. Falando nisso, e você, o que tem feito para se adaptar e conciliar as suas habilidades com as demandas e constantes transformações?
Como consultor em projetos de transformação cultural e clima organizacional, percebo que o relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, sobre as habilidades mais importantes para o futuro do trabalho, reforça minha convicção: a adaptação não é mais uma opção; é uma necessidade vital.
Nos próximos insights, pretendo me aprofundar em cada uma das habilidades para ajudar, quem tiver interesse em adquiri-las e desenvolvê-las. Perguntas, sugestões, feedbacks e opiniões são sempre bem-vindos nos comentários!
Um grande abraço e até breve!