Afinal, o que o futuro do trabalho espera e reserva para os profissionais?
Não temos uma bola de cristal para saber, mas o relatório Future of Jobs do World Economic Forum deu uma forcinha e listou 10 habilidades para aqueles que desejam se adaptar e prosperar em cenários cada vez mais desafiadores e competitivos.
Como havia prometido, hoje, inicio a minha série de artigos para abordar as competências essenciais listadas pelo WEF. A primeira delas é: PENSAMENTO ANALÍTICO e isso, definitivamente, não é por acaso.
De acordo com o Bureau of Labor Statistics dos EUA (Occupational Outlook Handbook: Business and Financial Operations Occupations), a demanda por profissionais com habilidades analíticas deve crescer 16% até 2030, mais rápido do que a média para todas as ocupações.
Tida como habilidade-chave para resolver grandes problemas, envolve decompor questões complexas em pequenas frações para então, analisar informações, identificar padrões e, finalmente, formular resoluções lógicas, baseadas em fatos e evidências.
Mais do que uma soft skill cobiçada, o pensamento analítico é uma capacidade de consciência, que nos permite compreender questões complexas, para tomar decisões assertivas e informadas.
Por mais que tenha sido tema de muitos debates atuais, o pensamento analítico sempre esteve presente na mente de grandes pensadores, como René Descartes, que fundamentou a filosofia moderna com a célebre frase “Penso, logo existo.“
E sabe o mais interessante? Essa é uma capacidade que pode ser desenvolvida e aprimorada por qualquer um de nós, basta treiná-la e, principalmente, identificar os atalhos mentais.
Veja bem, o cérebro humano processa diariamente mais de 35 mil decisões.
São muitas, não é mesmo? Por esse motivo, naturalmente, começamos a buscar pelos atalhos mentais, que tornam os processos mais ágeis e automáticos.
A questão é que, por vezes, eles podem provocar equívocos baseados em padrões. E é aí que surge o chamado viés cognitivo, considerado uma “falha sistêmica”.
Paralelo a isso, emerge o pensamento analítico, como uma capacidade consciente de tomadas de decisões, para evitar ou, pelo menos, amenizar, ações precipitadas.
Pensar de maneira analítica nos coloca no centro das nossas trajetórias. É como se tivéssemos em mãos, lápis, papel e a expertise para escrever, apagar e pivotar nossas próprias histórias, sempre que necessário.
Mas afinal, como desenvolver o pensamento analítico?
Cada um segue a sua própria jornada de desenvolvimento, mas, algumas dicas, podem ajudá-lo.
Senso Crítico: questionar é essencial. Aprofunde-se em conflitos para identificar raízes.
Estude, leia, participe de discussões e saia de sua bolha.
Lifelong learning: busque conhecimento em diversas áreas, adote a leitura regular.
Mantenha-se curioso (a)! e lembre-se: sucesso passado não garante futuro, esteja aberto(a) a novas ideias!
Saiba ouvir: desenvolva comunicação eficaz, vá além das palavras e treine a escuta ativa, para compreender todos os pontos de vista antes de se posicionar.
Pense antes de agir: a pressa é inimiga, não só da perfeição, mas também do pensamento analítico. Aperte o freio e, com calma, procure treinar as suas análises em situações cotidianas.
Trabalhe em equipe: colabore, peça opiniões, dê feedbacks e promova debates. Experiências e perspectivas diferentes oferecem insights valiosos. Espero ter contribuído de alguma forma e estou à disposição para conversar sobre esse assunto.
Sinta-se à vontade para fazer perguntas, sugestões ou complementar o raciocínio nos comentários!
No próximo post, abordaremos a habilidade “Pensamento Criativo”.
Até breve!